“Vamos permitir circulação de caminhões somente com dois eixos (conhecidos como tocos)”, comentou, logo depois de uma reunião com o superintendente regional do Daer, Júlio Porciúncula da Silva. Também foi confirmada a construção de lombadas (quebra-molas) na Rua Sete de Setembro, para coibir o excesso de velocidade na via preferencial.
O encontro com o representante do Daer ocorreu à tarde, no gabinete de Darci. E teve a presença também do presidente da Câmara de Vereadores, Valdir Raimundo Ramos (Dico) e do vereador Cléber Schroeder (ambos do PMDB). Também estavam juntos o representante dos moradores da Rua Sete de Setembro (a mais afetada pelo fluxo pesado), Leandro Ely, e o encarregado do setor de sinalização da prefeitura, Jorge Iramar Caldeira.
Do gabinete, o grupo percorreu a Rua Sete de Setembro, observando pontos para colocação das lombadas. A reunião terminou na cabeceira da ponte (sobre a várzea do Caí), que dá acesso à Sete de Setembro para quem vem da ERS-124. Ali o Daer havia realizado uma operação tapa-buraco na pista junto à travessia, que havia cedido pelo peso dos caminhões.
CAMINHÕES MENORES
A decisão de restringir o tráfego de caminhões já havia sido anunciada na última semana, mas nesta terça o prefeito decidiu diminuir a tolerância de carga nas vias centrais. A idéia inicial era permitir caminhões com três eixos (chamados truck, com capacidade para até 23 toneladas), o que deixaria de fora apenas as carretas, bitrens e rodotrens.
Para cargas que precisarem chegar a empresas na área de proibição e outros casos que exigirem exceção, a prefeitura deverá emitir autorizações especiais de trânsito. Nesse caso, os interessados deverão fazer o pedido com antecedência, mas vão precisar comprovar a necessidade do trânsito pelo Centro.
Tão logo a Câmara aprove o limite de carga no Centro de Caí, o Daer deverá colocar sinalização no acesso da ERS-124 em Montenegro. “Não somos contra o progresso da região, mas são mais de 1,2 mil caminhões que passam justamente pelo Centro de Caí. Em ruas que não têm dimensões e nem infra-estrutura para suportar um tráfego desses”, justifica Darci.
DESVIO
A proibição de caminhões pesados em Caí é uma medida paliativa, enquanto o município espera a construção de um desvio da área urbana caiense, ao sul ou ao norte da cidade. Segundo o Daer, o órgão deve lançar depois do período eleitoral (em novembro) a licitação para elaboração do projeto para a obra.
A rota teve seu asfalto concluído no início deste ano. Com a pavimentação, passou a representar um atalho atrativo, que encurta em mais de 20 quilômetros a viagem entre a região central do Estado e a Serra. O problema é que os caminhões que diariamente saem da ERS-240, em Montenegro, para seguirem pela ERS-124, precisam passar pelas ruas no Centro de Caí para chegarem à ERS-122 e seguirem viagem rumo a Caxias do Sul.
(ACOM Prefeitura de São Sebastião do Caí)
falasefatos.com.br
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