terça-feira, 27 de abril de 2010

Ópera realiza uma noite histórica em Caí

Na platéia estavam o músico Nico Nicolaiewsky (o maestro Plestkaya de Tangos & Tragédias), a atriz Dinorah Araújo (a Traça Biblió, que brinca com os versos de Carlos Urbim) e professora Therezinha Petry Cardona (uma das personalidades mais importantes da cultura do Estado). E mais tantas dezenas de caienses e de gente de fora que veio ver o espetáculo inédito na Terra da Bergamota. Isso na platéia. Porque, no domingo, o palco era da Orquestra de Câmara Fundarte e do elenco da ópera La Serva Padrona.


Nomes, talentos e vozes com passagem pelo Theatro São Pedro, com doutorado em música na Universidade da Califórnia, pós-graduação em canto lírico na Espanha e outros tantos prêmios e títulos. Foi assim a noite do domingo (dia 25), no Centro Municipal de Cultura. O espetáculo começou às 20h15, com as boas-vindas da secretária Municipal de Educação, Ingrid Borchhardt. Logo depois, a apresentação do grupo ficou por conta do promotor de lazer cultural do Sesi Montenegro,

Marcelo Raél.

Entraram no palco os músicos e o maestro Antônio Borges-Cunha (que é diretor artístico da orquestra), a soprano Rosimari Oliveira (que interpretou Serpina), o barítono Ricardo Barpp (que encarnou Uberto) e o ator Juliano Rossi (um Vespone que lembrou muito o personagem Jack Sparrow, de Piratas do Caribe). E a imagem da ópera como algo sisudo logo saiu de cena.

A ópera teve diálogos em português, cantos em italiano com legendas em projeções que completaram o cenário e boneco em cena. Além de uma interação com direito a pirata mandando beijos e flores, de um navio imaginário, para a rainha e princesas da Festa da Bergamota, na primeira fila da platéia. E risos, muitos risos.

Ao fim de uma hora de espetáculo, o público aplaudiu de pé os artistas, a esta altura de mãos dadas com a diretora Jezebel De Carli, que também assinou a concepção cênica.

Para quem não quis enfrentar a chuva e perdeu o espetáculo... tsc, tsc, tsc... que peninha...

PARA LEMBRAR:

La Serva Padrona (A Criada Patroa) é de autoria de Giovanni Pergolesi (1710-1736) e foi encenada pela primeira vez em 28 de agosto de 1733, no Teatro San Bartolomeo, em Nápoles. A ópera tem um enredo cômico, que se desenrola em um navio pirata. Uberto, capitão da embarcação, vive na companhia de seus dois criados: Vespone, fiel e ágil pirata e a jovem Serpina. Apaixonada pelo capitão, Serpina se insinua, mas não consegue conquistar o coração de seu amado. Até que ela resolve provocar-lhe ciúmes, trazendo a bordo o temido Capitão Tempesta, que se trata na verdade, do criado Vespone fantasiado.

A montagem apresentada pela Orquestra de Câmara Fundarte inova com uma mistura de linguagens cênica e musical. Para começar, a orquestra está dentro do espetáculo. Os próprios músicos e o maestro participarem como atores, com figurinos, adereços e maquiagem especialmente criados. “O trabalho foi feito de forma que a ação dramática seja valorizada através da performance dos atores, da manipulação de boneco e formas animadas, além do recurso de projeção de slides para enriquecer as atmosferas”, conta a diretora Jezebel De Carli.

O espetáculo já esteve em Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Montenegro, Porto Alegre, Caxias do Sul, Campo Bom, Uruguaiana, Quarai, Livramento, Bagé, Vacaria, Santo Ângelo, Ijuí, Panambi e Santa Rosa. A estréia foi em 2008, no Theatro Sete de Abril, em Pelotas e a montagem já contabiliza 5 mil espectadores.

(ACOM Prefeitura de São Sebastião do Caí)

falasefatos.com.br

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