Quase 1,3 mil caminhões circulam por dia no Centro de São Sebastião do Caí, depois que a cidade se tornou o principal corredor entre as rodovias ERS-124 e a ERS-122. A conclusão veio do somatório, fechado nesta sexta-feira (dia 16), da contagem de veículos que entram ou saem da cidade pela ERS-124, no lado oeste da cidade. Foram precisamente 1.277 veículos de carga e 2.430 automóveis, apontados no levantamento feito em dois dias e que avaliou o movimento das 4 da manhã até às 20 horas.
Os dados reforçam a preocupação do prefeito Darci José Lauermann (PMDB), de que as ruas da cidade não possuem dimensões e nem estrutura de pavimentação para suportar tanta carga. Os números devem embasar o relatório que está sendo preparado para o Estado, propondo soluções para de curto a médio prazos. O trabalho ocorre em conjunto com as prefeituras de Harmonia e Pareci Novo, conforme um acordo assinado em junho, com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER).
Mas a intenção de Lauermann é apresentar o resultado do levantamento antes, como forma de respaldar a chiadeira da comunidade em torno da questão. “A população está reclamando há muito tempo. A diferença é que agora conseguimos dimensionar melhor o problema”, assinala o prefeito. Ele lembra que se trata de 3.707 veículos em uma cidade pequena, em um município de 22 mil habitantes.
NO COLO
“Em nenhum momento nos posicionamos contra o asfaltamento da ERS-124” , ressalta o prefeito Darci, avaliando a repercussão do caso. “Pelo contrário, foi uma obra importante também para o desenvolvimento de Caí e de seus vizinhos”, completa. Mas a questão do trânsito excessivo não pode ser ignorada: “Praticamente nos caiu no colo um problema que devia ter sido visto antes, que é a falta de uma rota alternativa ao Centro da cidade”, ressalta Darci.
Entre propostas que devem figurar no relatório preparado ao Daer, a solução definitiva seria a construção de um desvio, ligando as duas rodovias ao sul (na altura do município de Pareci Novo) ou ao norte do Centro da cidade (altura do município de Harmonia). “Mas, enquanto isso não ocorre, queremos ajuda do Estado para o paliativo, como a recuperação do asfalto no Centro e redimencionamento das vias.” Darci também aponta a colocação de lombadas eletrônicas e o reforço na fiscalização de cargas como outras propostas que poderão figurar no documento.
Entenda o caso:
• Desde a conclusão da última etapa dos 13 quilômetros do asfalto da ERS-124, entre Montenegro e Caí, no início deste ano, o Centro de Caí tornou-se corredor para os veículos que vão da região Central e de parte do Planalto rumo à Serra. E vice-versa.
• Tráfego que antes tinha que passar por Montenegro pela ERS-240, rumo ao pedágio de Rincão do Cascalho, em Portão. Dali (depois de pagar a tarifa), acessar a ERS-122, rumo a Farroupilha. Agora, os motoristas vão de Montenegro a Caí pela ERS-124, atravessam o Centro caiense e chegam à ERS-122, no lado leste da cidade. O percurso economiza 22 quilômetros , sem pagar pedágio e sem passar por pardais ou lombadas eletrônicas.
• O asfaltamento da ERS-124 entre Montenegro e Harmonia era uma reivindicação de mais de 40 anos dos municípios da região. O primeiro trecho foi asfaltado entre São Sebastião do Caí e Harmonia, concluído em 2002. Em seguida, foi feito o asfalto entre Montenegro e Pareci Novo. Ficou por último justamente o trecho do meio, entre Pareci e Caí, iniciado em 2004 e terminado no início de 2010.
(ACOM Prefeitura de São Sebastião do Caí)
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